domingo, 23 de outubro de 2011

A comadre também aporta em terras sertanejas

Por Paula Raquel

Quero registrar que a nossa Comadre não é um fenômeno da Zona da Mata Pernambucana. Sou do Sertão e meu avô, que residia na zona rural do município de Sertânia, sempre nos contou as estórias dessa pequenina mulher que não deixava ninguém caçar passarinho, salvo fosse deixado um tanto de fumo nas árvores, se balançava nos pés de algaroba no terreiro da casa sede e fazia tranças em rabo de cavalo impossíveis de desatar, sem falar das surras de urtiga que fez muito "caba" macho corre de medo. Sempre acreditei nestas estórias contadas por vovô Seba, rodeado de uma túia de netos, à noite, na calçada, à luz de muitas estrelas. Afinal, por que um homem que matou até lobisomem (pia mermo) iria inventar tanto???